Resenha: Arráncame la Vida - Ángeles Mastretta

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Olá pessoal,

Vim hoje trazer pra vocês mais um resenha. Eu enrolei um pouquinho pra fazer essa resenha, até porque me empolguei com outros livros. A princípio era um livro que eu não iria resenhar, mas por fim decidi por ele, em si, ter um diferencial.

Não sei exatamente explicar bem o que é esse diferencial, mas eu gostei profundamente dessa literatura.

O livro foi escrito em 1985 por uma escritora mexicana chamada Ángeles Mastretta e é intitulado "Arráncame la Vida". Conheci  através de uma amiga que fez intercâmbio pra Espanha e na volta trouxe o livro já lido por ela e me emprestou.

A edição que li foi essa ao lado, lançada em 2009 pela Editora Seix Barral, pela coleção Booket, onde já utilizaram a capa do filme e colocaram na edição. Mas existe outras versões do livro e são muitas as capas existentes. Vou colocar algumas no decorrer do post pra vocês verem.

O livro virou filme em 2008, mas ainda não consegui assisti-lo. Ele foi considerado o segundo filme mais caro do México, gastando aproximadamente 6,5 milhões de dólares e a crítica o recebeu como um dos filmes mais fieis à obra original.

No começo achei o livro bem chatinho, e demorei um tempo pra engatar na leitura. Confesso que nos primeiros capítulos nada de tão surpreendente aconteceu, mas continuei assim mesmo, sem  saber o que realmente esperar, até porque a sinopse não era clara o suficiente pra me dizer se realmente eu gostaria do livro.

Mas e assim foi, fui lendo e conhecendo a vida de Catalina Guzmán, uma poblana (moradora de Puebla) que se casou com general Andrés Ascencio, beeeeem mais velho que ela, e já experiente quando o assunto era casamento. O livro tem uma conotação política muito grande até mesmo pelo contexto em que foi escrito. Nessa época os cidadãos mexicanos tinham o poder em suas mãos, devido à incompetência do governo (foi quase um movimento Diretas Já).

Catín, como era conhecida Catalina, era apaixonada por seu marido quando se casaram, mas o fortes anos de convivência, marcados por um influência política fizeram com que, gradativamente, isso fosse acabando. O fato de ele já ter sido casado antes - a agora com ela - e ainda levado todos seus outros filhos pra viver com eles foi descrençando Catín, a ponto de ela se rebelar, coisa que não era nada comum para a mulher mexicana, em 1985.

Confesso que ela (a personagem e não a literatura) me lembrou um estilo bastante Gabriela, de Jorge Amado.

No desenvolver da história conhecemos os sofrimentos calados de Catín, seus novos amores (sim, são mais de um) e aquele que realmente mexeu com seu coração, Carlos Vives, amicíssimo  de Andrés.

Mas o que realmente me surpreendeu nessa literatura foi o final nada premeditável. Chega a um ponto da história que eu não conseguiria supor o que poderia acontecer, e o final que encontrei foi melhor que aquele que supostamente imaginava.

Enfim, é um livro que vale sim muiiiito a pena ler. Um livro cultíssimo, que até as palavras dessa resenha tiveram que ser selecionadas... rsrs

Recomendo sim...

Fica ai um trechinho do livro, que achei o máximo!



=D

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